Categoria, que não conseguiu negociar durante 92 dias de greve, ainda não obteve confirmação oficial de pagamento dos dias parados, determinado pelo STF, nem proposta de reajuste para a carreira
por Redação RBA
São Paulo – O governo do estado de São Paulo ainda não apresentou proposta de reajuste salarial para a carreira dos professores no dia 1º de julho. De acordo com a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, o governo não cumpriu o combinado. Segundo a dirigente do sindicato categoria, o Executivo paulista, depois de se recusar a negociar durante a greve que durou 92 dias, havia afirmado que só apresentaria um número efetivo neste mês. “O governador não apenas não negociou durante o período de greve, como inflou números. Dizia que deu 45% de ajuste. Na verdade, isso era composto por gratificações, e se ajustado, a categoria teve um ganho real de 1,7%”, argumenta.
Bebel diz que no início de agosto haverá reuniões dos representantes de escolas, e uma nova greve não é descartada. “Se o governador endurecer, também assim faremos”, completa. “A vitória dos professores do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pagamento dos dias parados reforça o direito de greve”, destaca a presidenta do sindicato.
O pagamento dos dias parados, a serem compensados pela categoria por meio de um cronograma de reposição de aulas, foi garantido por decisão do presidente do STF, Ricardo Lewandowsky, e anunciado pelo secretário da Educação, Herman Voorwald, para dia 24 de julho, em folha complementar. Contudo, Bebel diz não ter ainda uma confirmação oficial. “Estive na secretaria e fui recebida de forma grosseira, por telefone, pelo secretário. Ele disse que 'ia ver' se cumpriria a liminar. Eu disse que não era uma opção, pois estamos tratando de justiça”. Ela critica ainda a Secretaria da Educação por criar dificuldades para a reposição de aulas.
(Rede Brasil Atual)
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