terça-feira, 16 de junho de 2015

PADRE “TUCANO” QUE ERA FUNCIONÁRIO FANTASMA PODE SER PRESO E TER QUE DEVOLVER R$ 18 MILHÕES


O funcionário fantasma da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), padre Luiz Augusto Ferreira da Silva, de 54 anos, disse que, caso seja condenado pela Justiça, não tem como devolver o valor de R$ 18 milhões ao Estado.
O padre recebia pelo cargo de analista legislativo R$ 11,8 mil de salário bruto. De acordo com servidores da Assembleia, padre Luiz Augusto não cumpria expediente na Casa há pelo menos 20 anos (leia aqui)
“Eu não tenho dinheiro, vou ficar preso então. O dinheiro está as pessoas”, diz, apontando para um folheto onde há pessoas atendidas em obras sociais.” 
O funcionário fantasma foi admitido em 1980 na Assembleia Legislativa e, segundo a denúncia, teria recebido até agora, R$ 3 milhões sem prestar os serviços pelos quais foi contratado. O montante a ser devolvido, segundo o MP, pode chegar a R$ 18 milhões por conta de juros e multas.
“Sou funcionário efetivo e fiz uma opção para ganhar um salário da Assembleia um pouquinho maior, hoje de R$ 7,3 mil líquidos. Pago plano de saúde para para as pessoas doentes que eu cuido e sobra R$ 6,3 mil para comprar algum alimento para eles”
“Tenho 35 anos de Assembleia. Se eu me aposentar, com a graça de Deus, vou esse dinheiro para cuidar dos pobres, dos que precisam, o ano que vem”, revela.
O promotor do Ministério Público de Goiás afirma que ele recebeu indevidamente sem prestar trabalho público. Se ele está fazendo caridade, o problema é dele.
 (BR29)

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